Hoje assisti 'Sarafina!'. Depois de anos procurando esse filme, e sem êxito algum, tive a felicidade de ganhar essa raridade de um colega cinéfilo.
Sinceramente, confesso que já tinha desistido desse filme. Eu estava nessa busca desde a minha adolescência. Imaginem... Mas, para a minha surpresa e felicidade, depois de muito esperar, consegui essa proeza.
Que filme bonito e tocante. Bonito pela excelente representação dos ideais e força daqueles sulistas. E a música... Cheia de sonhos, e adornadas com gritos da alma. Arrepiante!
Sinceramente, confesso que já tinha desistido desse filme. Eu estava nessa busca desde a minha adolescência. Imaginem... Mas, para a minha surpresa e felicidade, depois de muito esperar, consegui essa proeza.
Que filme bonito e tocante. Bonito pela excelente representação dos ideais e força daqueles sulistas. E a música... Cheia de sonhos, e adornadas com gritos da alma. Arrepiante!
Me
tocou muito a parte em que Sarafina conversa com a sua mãe sobre o heroísmo. Não faz parte da ideia central do filme, mas é algo me marcou e gostaria de compartilhar aqui. Esse diálogo traz as mesmas ideias de Ernest Becker no livro que estou lendo, 'A negação da
morte'. Tem um capítulo em que ele, Ernest, fala sobre o heroísmo... A coisa
mais linda... E de um ponto de vista fundante!
No filme, Sarafina fala com a
mãe reconhecendo o heroísmo dela, que sobrevivia apesar de todas as dificuldades
sem se degenerar; que apesar de tudo, não tinha deixado de lutar... E dia após
dia, ela estava lá... Trabalhando para ganhar a vida, e garantindo assim a sobrevivência
de sua família. Acho espetacular esse reconhecimento pelo heroico, só que reconhecido
por outras vias. Porque o natural é vermos como herói aquele que faz algo
extraordinário, fora do comum, e vai pra o noticiário. O pai de Sarafina, por
ter morrido lutando, ao contrário da mãe que vivia uma vida meio que de
resignação, era visto pela filha como herói. Mas a mãe dela tinha motivos
maiores para se resignar... O pai já tinha morrido em função da causa que eles
lutavam, e depois restava ela que já tinha a tragédia do marido como lição, e
não podia continuar nessa sequência.
Lindo, lindo quando após Sarafina ter
passado por um pouco do que o pai passou, e ver sua vida quase sendo assaltada,
reconhecer o heroísmo da sua mãe, dizendo que tantos tem uma canção e a mãe
dela, heroína que era, também era digna de uma. E é isso... O
heroísmo está fortemente no nosso cotidiano, no ordinário. Muitas vezes naquela
paciência difícil de ter, e a gente tem que ter; naquela pessoa que luta todos
os dias contra um mal; naquela pessoa que todos os dias cuida de um doente,
enfim... Há tantos heróis nesse nosso mundo, e no anonimato. E muitos que só
Deus o sabem.
Esse não é o assunto principal do filme, que retrata o Apartheid, inclusive exatamente na época em que Nelson Mandela se encontrava preso, mas é uma parte que me chamou muito a atenção, e me fez fazer esse link com o livro que estou lendo.
Esse não é o assunto principal do filme, que retrata o Apartheid, inclusive exatamente na época em que Nelson Mandela se encontrava preso, mas é uma parte que me chamou muito a atenção, e me fez fazer esse link com o livro que estou lendo.
Super
recomendo! Com certeza esse é um filme lindo e sensacional.
Um espetáculo!
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