“Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler”.
Essas são as primeiras palavras da Morte – personagem que narra a história da menina que roubava livros: Liesel Meminger. Esse é um livro simplesmente singular, super autêntico. Confesso que me apaixonei por essa bela criação do escritor australiano Markus Zusak.
Liesel, menina que viu o irmão morrer nos braços da mãe e daí em diante viu sua vida mudar bruscamente. Menina que tanto se esquivou da narradora desse livro - a Morte – e teve a sua trajetória contada por esta; esta que procura “levar” vidas.
O primeiro livro roubado pela menina foi “O Manual do coveiro”. Livro este que foi deixado cair pelo coveiro que enterrara o irmão da pobre garotinha. Depois desse trágico acontecimento Liesel e sua mãe continuaram a viagem até chegarem ao destino: Molching. Nesta cidade moravam os futuros pais da menina roubadora de livros – Um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta.
Durante essa ficção, os livros roubados pela protagonista da história revelam à mesma o mundo e a vida que a cerca. Assim segue a história narrada poeticamente por uma personagem sombria e ligeiramente gentil.
Este é um dos poucos livros que conseguiu me emocionar. Nunca pude imaginar uma obra tão poética que pudesse nos remeter a reflexões sobre uma tragédia tão verdadeira, A Segunda Guerra Mundial.
Espero que mais pessoas possam conhecer esse magnífico trabalho do caríssimo Markus Zusak. Realmente essa leitura vale à pena.
Termino com a seguinte citação:
"Tive vontade de dizer muitas coisas à roubadora de livros, sobre a beleza e a brutalidade. Mas que poderia dizer-lhe sobre essas coisas que ela já não soubesse? Tive vontade de lhe explicar que constantemente superestimo e subestimo a raça humana — que raras vezes simplesmente a estimo. Tive vontade de lhe perguntar como uma mesma coisa podia ser tão medonha e tão gloriosa, e ter palavras e histórias tão amaldiçoadas e tão brilhantes.
Nenhuma dessas coisas, porém, saiu de minha boca.
Tudo que pude fazer foi virar-me para Liesel Meminger e lhe dizer a única verdade que realmente sei. Eu a disse à menina que roubava livros e a digo a você agora.
• UMA ÚLTIMA NOTA DE SUA NARRADORA •
Os seres humanos me assombram".
Por Anderson Cavalcanti
Zusak, Markus. A menina que roubava livros/; tradução de Vera Ribeiro – 1ª Ed. – Rio de Janeiro: Intrínseca, 2007.
Um comentário:
Nossa eu li esse livro em um seminário realizado no meu colegial.E tínhamos que escrever um artigo a respeito.Foi sem duvida pra mim, um dos melhores que escrevi.Mim emocionei muito.Recomendo é muito bom.
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