
Não esqueço daquelas palavras
Elas soam no meu ouvido com a força da minha mente.
Elas vêm e penetram como aroma às narinas.
Se as frases me tiram do chão
por um instante me perco nas entrelinhas
da lembrança deste contexto.
E assim vou me apaixonando pelo poder de recordar.
Gosto do que sou, eu sou Eu.
Acaso eu saia de mim e procure afastar-me,
estarei desnorteado com o que tenho.
Neste devaneio encontro meu esboço.
Descubro que não acabei de ser,
descubro que serei mais.
Nesta recordação descubro que sou inconstante.
Adiante me aperfeiçoarei.
Publicado no Recanto das Letras em 25/07/2009
Código do texto: T1719349
Anderson Cavalcanti